A casa de shows, localizada na Rua Ceará, na Praça da Bandeira, existe desde 1988 e foi fundamental para a difusão de bandas da cena underground carioca.
Fabio sofria de diabetes e fazia hemodiálise há sete meses.
Na última semana, o quadro se agravou.
Na quinta-feira, o produtor, que já enxergava mal, perdeu completamente a visão. Além disso, rins, fígado e pâncreas já estavam debilitados. A causa da morte, porém, ainda não foi determinada.
— Estávamos fazendo shows todo mês. A vida dele era isso, era o único prazer ele que ele tinha, e foi assim até o último dia de vida — conta o sócio de Fabio, Junior Quintans. Os dois se conheceram em 1994, nos tempos áureos do Garage.
Foi nesse período que o espaço, apelidado pelos frequentadores como "casa da noite eterna" recebeu nomes como Matanza, Korzus, Marcelo D2, Planet Hemp e Los Hermanos.
Para mim, é o fim de uma era.
A última pedra que tinha do underground, a única coisa que sobrava de verdade.
Era uma pessoa que não se importava em ganhar dinheiro. Não conheço alguém que tome tanto prejuízo e continue fazendo a mesma coisa.
A última pedra que tinha do underground, a única coisa que sobrava de verdade.
Era uma pessoa que não se importava em ganhar dinheiro. Não conheço alguém que tome tanto prejuízo e continue fazendo a mesma coisa.
Isso é amor puro, é uma raça em extinção — desabafou o amigo, por telefone.
O produtor de eventos chegou ao Garage em 1990, dois anos depois da abertura do espaço, que até então, funcionava apenas para a exibição de vídeos.
Foi com ele que o Garage tornou-se referência em música alternativa no Rio de Janeiro. Em 2002, ele abandonou a casa, onde produziu quase 900 shows.
O retorno à função só aconteceu em 2011, quando Fabio passou a organizar a festa Garage Art Cult no Teatro Odisseia, na Lapa.
Foi com ele que o Garage tornou-se referência em música alternativa no Rio de Janeiro. Em 2002, ele abandonou a casa, onde produziu quase 900 shows.
O retorno à função só aconteceu em 2011, quando Fabio passou a organizar a festa Garage Art Cult no Teatro Odisseia, na Lapa.
Para o empresário Leo Feijó, dono da Casa da Matriz e do Teatro Odisseia, Fabio "foi um grande empreendedor carioca".
— (Ele era) muito criativo, dava um jeito de produzir com poucos recursos. Sempre atendia todo mundo com gentileza.
O Garage foi uma inspiração pra mim e é uma referência para a histórica cultural da cidade.
Acho que a Prefeitura deveria desapropriar aquele casarão que está fechado há cinco anos na Rua Ceará e transformar no Centro Cultural Fábio Costa - Garage, como fez com o Imperator e o Teatro Ipanema recentemente — sugeriu Feijó, que tentou reabrir a casa há quatro anos, mas não conseguiu as licenças necessárias.
O Garage foi uma inspiração pra mim e é uma referência para a histórica cultural da cidade.
Acho que a Prefeitura deveria desapropriar aquele casarão que está fechado há cinco anos na Rua Ceará e transformar no Centro Cultural Fábio Costa - Garage, como fez com o Imperator e o Teatro Ipanema recentemente — sugeriu Feijó, que tentou reabrir a casa há quatro anos, mas não conseguiu as licenças necessárias.
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